Profissionais de Educação d de Palestina visitam a Secretaria de Educação de Rio Preto em busca de orientações técnicas
A equipe do Atendimento Educacional Especializado (AEE) da Secretaria Municipal de Educação (SME) recebeu nesta sexta-feira, 23, a visita do diretor do Departamento Municipal de Educação e Cultura de Palestina, Itamar dos Santos. Ele veio conhecer de perto o trabalho realizado em Rio Preto, que hoje é considerado uma referência regional.
Para Itamar dos Santos, responsável pela Educação e Cultura em Palestina, o encontro foi muito importante e serviu para buscar orientações técnicas. “Nós sabemos que hoje o município de São José do Rio Preto e a Secretaria de Educação são referência em Educação Especializada e a gente está caminhando ainda nessa fase, estamos implantando várias salas lá em Palestina e por isso temos a necessidade de obter mais informações diante da cobrança do Tribunal de Contas e até mesmo dos órgãos da própria Educação. Viemos buscar conhecimento para que possamos implementar, orientar os nossos professores nessa área para entregar uma qualidade de educação assim como Rio Preto também entrega”, diz Itamar.
A equipe do AEE trabalha visando difundir a Educação Especial e Inclusiva e é comum, já faz parte do dia a dia, compartilhar práticas para a construção da cidadania, como explica Carla Cristina Job, gerente da Educação Especial da SME.
“Nós recebemos a demanda do município de Palestina que veio buscar informações de como se dá o atendimento, a organização das salas de recurso, como são feitos os encaminhamentos de alunos, acolhimento de pais e orientação da equipe escolar. Essa troca é muito importante pois porque nós do município de Rio Preto vivemos uma constante busca de aprimoramento, e receber a visita de um município que nos busca enquanto referência, valida o nosso trabalho e demonstra que atendemos nossa demanda de maneira adequada com os recursos que temos disponíveis. Ver que estamos no caminho certo é bom, estimula a gente. Trata-se de uma demanda comum e todo mundo está buscando alternativas para se fazer um trabalho cada vez melhor”, diz ela.
Os 25 anos de trajetória do AEE, em Rio Preto, são marcados por parcerias com institutos, iniciativas público-privadas, formação de professores, realização de seminários, palestras e eventos, publicação de pesquisas e o atendimento dos alunos na sala de recursos multifuncionais, com acolhimento das famílias.
Atualmente existem 45 salas de recursos multifuncionais, uma em cada escola de ensino fundamental, equipadas com jogos, computadores, mobiliário adaptado e os mais diversos instrumentos para um atendimento profícuo, em consonância com os documentos oficiais que normatizam o trabalho e a Política de Educação Inclusiva em todo território nacional.
O AEE também integra a proposta político-pedagógica da escola, envolve a participação da família para garantir pleno acesso e participação dos estudantes e deve ser realizado em articulação com as demais políticas públicas.
Para Leandra Justo Herrera, responsável pelo Departamento de Ensino, a qualidade do trabalho desenvolvido na cidade ultrapassou fronteiras.
“Rio Preto é polo da região metropolitana e os municípios vizinhos vêm até nós para receber orientações, tirar dúvidas. Quando foi implantada a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, nós tínhamos formações, o MEC mandava recursos e eram feitas formações com toda a região. Agora, como nós não temos mais essas formações, vários municípios nos procuram para essa orientação já que temos uma equipe muito bem formada e estruturada.”
De acordo com a Coordenadora do Ensino Fundamental de Palestina, Edna Bonette, as informações recebidas serão replicadas, trabalhadas em HTPC (horário de trabalho pedagógico coletivo) e em reuniões de planejamento onde os profissionais de educação de Palestina vão poder aproveitar todo esse conhecimento.
“A reunião foi muito proveitosa, está me ajudando muito, acrescentando grandemente para o conhecimento e estou buscando informações sobre como trabalhar, encaminhar os alunos da educação especial. Estamos com bastante alunos em atendimento na rede e também estamos com bastante alunos sendo encaminhados para avaliações”, explica a coordenadora Edna.
Em consonância às diretrizes atuais, a educação especial é definida como uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, tendo como objetivos a oferta de recursos de acessibilidade, formação de professores e oferecimento do AEE. Todos esses recursos objetivam atender às necessidades educacionais específicas dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades / superdotação.
Texto e Foto: Cristiano Furquim / Secretaria de Educação
